sexta-feira, 25 de julho de 2014

Nas ruas e nas urnas, as mulheres negras tem opção! Bianca Zanetti 16.167, candidata a Dep. Estadual

por Bianca Zanetti, da Juventude do PSTU Curitiba, candidata à Deputada Estadual.

No dia 25 de Julho, estou lançando minha candidatura a Deputada Estadual pelo PSTU nas redes sociais. Escolhi esse dia, por que para mim, ele representa o que eu sou. Dia 25 de Julho é o dia latino americano e caribenho de luta da mulher negra.

Me chamo Bianca Zanetti, tenho 23 anos, sou estudante de Geografia na UFPR, moro na cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. Sou negra, estudante, trabalhadora, mãe, nasci e cresci em uma região periférica. Assim como milhares de estudantes negras e negros, entrei na universidade pelas cotas raciais. Assim como milhares de mães negras, minha filha também sofreu com a falta de vagas nas creches públicas.

Nós mulheres negras da classe trabalhadora além de sermos exploradas somos duplamente discriminadas em combinação cruel entre o machismo e racismo, amargando as piores estatísticas sociais. Uma mulher negra recebe cerca de 50% menos que um homem branco. Ocupamos os piores postos de trabalho sendo, por exemplo, 60% das empregadas domésticas no país. Entre as vítimas de violência doméstica e sexual, 60% delas são jovens e negras.

Nesse dia de luta lanço minha candidatura como um grito de protesto para essa realidade que assim como eu, milhares de mulheres negras da periferia enfrentam todos os dias. Convido a todos a se somar nessa luta, a rememorar lutadoras negras como a quilombola Dandara e a guerreira Luiza Mahin. Relembrar Cláudia, faxineira, mulher negra da periferia, que foi arrastada por uma viatura da Polícia Militar. Minha candidatura estará desse lado, de todos os explorados e oprimidos, do lado dos mais pobres entre os pobres, as mulheres negras.

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"Na defesa do discurso radical"

Entrevista com Zé Maria publicada pelo jornal Gazeta do Povo

Zé Maria no lançamento das candidaturas do PSTU Paraná
22 de julho de 2014
Candidato à presidência da república do PSTU pela quarta vez, José Maria de Almeida –o Zé Maria – não teme defender posições radicais, como a estatização dos bancos, das áreas de agricultura e a reestatização de setores que estão sob o controle de empresas provadas, como as telecomunicações. O partido rejeitou a criação de uma frente de esquerda na campanha de outubro, quando poderiam se aliar ao PSol, para ter liberdade de pregar o que acreditam. “Mais do que voto, estou interessado em ser sincero com o eleitor. E não abro mão do programa do partido, mesmo que isso signifique perder votos”, diz o candidato.
Zé Maria, que já concorreu ao cargo em 1998, 2002 e 2010, afirma que outros partidos de esquerda estão dispostos a amaciar o discurso para que sejam tolerados pelos eleitores. Para ele, foi o aconteceu com o PT, partido que ajudou a fundar. “O PT tinha um projeto de construir um país mais igualitário, mas esta ideia foi desvirtuada”, aponta. No entanto, ele não perde a esperança de que uma revolução dos trabalhadores aconteça no Brasil: para Zé Maria, ela inclusive está próxima.
O presidenciável esteve em Curitiba na última quarta-feira para o lançamento de candidaturas no Paraná e visitou a redação da Gazeta do Povo. Confira alguns trechos da entrevista.

O senhor, que é da esquerda socialista, está concorrendo ao cargo de presidente da República pela quarta vez. Há 12 anos, o governo federal é de um partido que nasceu com ideais parecidos. Acha que este cenário facilita a aceitação de um candidato do PSTU, mais do que nas outras tentativas?
Acho que não é só por isso. Há uma mudança na situação política do país que, obviamente, vai interferir no cenário eleitoral. Desde junho do ano passado, o que nós vimos com aquelas manifestações, em um primeiro momento com mobilizações na rua e depois com muitas greves e greves cada vez mais radicalizadas, é que há um descontentamento generalizado. A atual forma de governo vai acabando com a paciência das pessoas, que sofrem com injustiças, com a desigualdade que existe no país. E estas pessoas veem entrar eleição e sair eleição e o país não mudar. Muda o partido que chega ao poder, mas a vida do povo segue sacrificada como sempre em um país que tem plenas condições de prover tudo que as pessoas precisam para que tenham vida digna. 
O sacrifício das pessoas não é porque o país não tem recursos, é por causa da desigualdade, dos privilégios dos bancos e das grandes empresas no país. E o sentido da campanha do PSTU é apresentar aos jovens e trabalhadores brasileiros justamente um projeto novo para o país. Você falou que o PT governa há 12 anos. Eu fui fundador do PT e o partido surgiu justamente para ser um instrumento político para a luta do povo, para mudar o país e transformar a prioridade do Brasil: deixar de ser o banqueiro, a empreiteira, o agronegócio e passar a ser o trabalhador, o jovem. Infelizmente, as escolhas feitas pela direção do PT nesse período, fundamentalmente buscar uma aliança com o empresariado para financiar suas campanhas e chegar ao governo, não nos mostrou nenhuma mudança. 
O PT ampliou o alcance do bolsa-família? Ampliou. Isso ajuda as famílias mais pobres do país? Ajuda, evidentemente que R$ 50 ou R$ 200 no orçamento de uma família pobre faz diferença. O problema é que o que essas famílias precisam de fato é emprego, é salário digno, é serviço público de qualidade. Isto o país tinha plena condições de fazer, mas não fez porque o PT manteve privilégio dos bancos e das grandes empresas. Nós queremos apresentar um programa que mude o Brasil, para atender as demandas das pessoas que estão nas ruas: saúde, educação, moradia, salário digno, reforma agrária.

O senhor fala que o país teria plenas condições para oferecer esse novo cenário. Como isso seria viável?
Em primeiro lugar, é preciso estatizar os bancos, o sistema financeiro e suspender o pagamento da chamada dívida pública. A dívida pública leva, em média, 43% do orçamento público anual para o sistema financeiro. Desde a Constituição de 1988 está determinado que se realize uma auditoria nos contratos da dívida pública do país. Os governos não fazem isso porque há uma subserviência, uma dependência econômica dos partidos político com estas grandes empresas que se beneficiam porque são proprietários dos títulos da dívida pública. Isto é praticamente um repasse de recursos público aos bancos. Em segundo lugar, é preciso parar as privatizações. 
O serviço público tem de estar a serviço da população. Então, tem de reestatizar aquilo que foi privatizado na área de petróleo, nas telecomunicações, na produção e distribuição de energia, na siderurgia. Estes são setores fundamentais para um projeto de desenvolvimento do país. É preciso enfrentar os privilégios que são dados a grandes empresas na forma de incentivos fiscais, para garantir melhores salários, redução da jornada de trabalho, com melhores condições para o trabalhador. É preciso tirar as terras do país do controle do agronegócio. As terras são controladas por algumas multinacionais que dominam o agronegócio no país e elas são usadas para plantar soja, enquanto o alimento é o principal causador do crescimento da inflação no país. 
O Brasil está importando feijão! Então, é preciso nacionalizar a terra e colocá-la a serviço dos trabalhadores que querem produzir alimentos, para ter alimento barato para todo trabalhador brasileiro. O Brasil, pelos recursos naturais que tem, pela capacidade de produção industrial instalada, pelo tamanho do mercado interno, tem plena condição de atender estas necessidades. Agora, enquanto os bancos estão batendo recordes de lucratividade, como batem todos os anos, as grandes empresas fazendo o que fazem com nosso país, isto não será possível. Ou seja, os problemas que afligem a vida do povo não tem relação com a impossibilidade de resolvê-los, mas com a subserviência dos governos aos grandes empresários.

O senhor defende que várias áreas passem a ser controladas pelo estado. Um dos motes das manifestações de junho de 2013, que também foram citadas pelo senhor, era justamente a melhoria nos serviços públicos, que estão sucateados. Como é possível aumentar o tamanho do estado e fazer com que o serviço público seja de qualidade?
O problema da qualidade do serviço público não é que eles são controlados pelo estado, o problema é quem governa este estado. Veja, esse problema começa no próprio sistema eleitoral. A Dilma Rousseff registrou a candidatura dela e disse que vai gastar R$ 300 milhões na campanha. Aécio Neves e Eduardo Campos, quase isto também. Nenhum deles tem esse dinheiro. Quem vai pagar esta campanha são as empreiteiras, bancos e grandes empresas. 
O problema do serviço público brasileiro é este, porque depois, no governo, estes partidos e políticos vão ter que devolver este valor multiplicado por 10. Depois de eleitos, é preciso gastar para dar, ou devolver, o dinheiro para as empreiteiras que financiam os candidatos. Essa mudança é necessária para atender as necessidades do povo. Para isso, é essencial um governo que seja dos trabalhadores, que rompa com as grandes empresas e mude, de fato, país. Isso passa por uma reforma política, porque hoje em dia os governantes são completamente dominados pelo poder econômico. 
Não há uma incapacidade do estado de administrar os serviços públicos, o que há é descompromisso dos que estão no governo com o povo. Então as mudanças começam por isso. A luta do PSTU envolve convencer os trabalhadores para que eles lutem, junto conosco, contra este tipo de arbitrariedade. Quando construímos o PT, esse era o objetivo. Mas o PT resolveu se aliar aos banqueiros e aos empresários; perdeu esta capacidade. O PSTU defende uma mudança radical em todo este quadro.

O senhor falou que o sistema político funciona em uma lógica errada e esse é um dos motivos pelos quais a gestão pública não é eficiente. Tramita, no STF, uma ação que vedaria a doação de pessoas jurídicas para campanha. Acha que esta proposta positiva? Na tua opinião, além disso, o que mais precisaria mudar?
Em primeiro lugar é preciso estabelecer o mínimo de democracia no sistema eleitoral brasileiro, que hoje não existe. O fim do financiamento de campanha por empresas é um caminho. Eu vou gastar R$ 300 mil na minha campanha. Vou concorrer com candidatos que vão gastar quase R$ 300 milhões, isso oficialmente. Além disso, eles terão mais tempo na propaganda eleitoral do rádio e televisão. Eu vou ter 40 segundos. Essa desigualdade já expressa uma ausência completa de equidade no processo, o que compromete a democracia das eleições. 
Outra mudança premente é que quem comete corrupção, tanto políticos quanto empresas, paguem por isso. Toda semana temos um novo escândalo e não vemos ninguém pagando pelos crimes. As pessoas roubam milhões e depois ficam impunes. Parece até que depois de descobertos e perderem o cargo, podem usufruir deste dinheiro. Parece até que é um prêmio. Por isto eu volto a bater na mesma tecla. O governo tem que ser voltado para os interesses dos trabalhadores. É preciso acabar com o privilégio dos políticos. Se os deputados votam um salário mínimo de cerca de R$ 700, isso significa que uma família pode sobreviver com este dinheiro. Então, porque eles precisam ganhar R$ 26 mil? Deveriam ganhar o salário mínimo também. 
Nosso sistema político é todo invertido. O político é eleito e fica quatro anos governando contra os interesses de quem elegeu, e o povo não tem o que fazer. Era preciso que existisse a revogabilidade do mandato. Essa é a quarta candidatura que eu concorro. Nas outras três que participei, tenho certeza que muita gente, no dia da eleição, foi votar sem sequer saber que eu existia. Quando eu falo que não há democracia, eu estou falando disso. O poder econômico escolhe dois ou três candidatos e os apresenta como se fossem a única alternativa existente. São os que aparecem no noticiário todo dia, os que têm mais tempo na televisão, os que têm milhões de reais para massificar a propaganda no país inteiro. 
Não que eu ache que quem conhecesse as propostas do PSTU fosse votar no PSTU. Mas é um direito das pessoas. Até para um eleitor votar contra as minhas propostas, ele precisa saber que elas existem. Por isso que uma mudança mais de fundo no país tem que estar sentada na mobilização do povo, porque não é só a eleição que vai mudar a vida do povo. A nossa campanha, ao mesmo tempo em que vai expressar estas lutas, também vai servir para estimular o avanço da organização e da mobilização dos trabalhadores, porque é neste caminho é que vamos mudar o país. Por isso que não é só o voto que a gente busca, a gente busca convencer as pessoas a entrar na luta conosco, para haver mudança no país.

Há perspectiva de ampliação de votos do PSTU nesta eleição?
O partido está no dia a dia da luta dos trabalhadores e da juventude, e temos muita gente que vai nos ajudar, no país inteiro, fazendo a campanha de forma espontânea. A gente não paga ninguém para fazer campanha. Mas quem aprendeu a nos respeitar pela luta que temos vai nos ajudar também. Acredito que poderemos ampliar a difusão dos nossos ideais. Na medida em que as pessoas vão conhecendo aquilo que a gente defende, e na medida em que avança a experiência das pessoas com o que sempre acontece no país, vai haver crescimento da força deste processo de mobilização. 
É da natureza humana: as pessoas procuram a solução dos seus problemas sempre na via do menor conflito. Eu brinco sempre: o cara está lá, ele trabalha o dia inteiro, chega em casa cansado, senta no sofá para ver novela e espairecer um pouco. Chega o Zé Maria e fala: ‘meu amigo, para você ter salário digno, saúde, tem que tomar o banco do banqueiro, tem que tirar a terra do agronegócio e tem mais, você vai ter vir brigar comigo’. O cara pensa: ‘dá pra tomar uma Kaiser antes?’. O outro candidato fala: ‘para ter tudo isso que o Zé Maria falou, basta votar em mim que eu faço isso para você’. Se você não tem que se mexer para os seus problemas serem resolvidos é melhor, mas o que aconteceu no último ano é que as pessoas estão vendo que aquele que vai lá prometer as coisas, na realidade não faz nada. E que é necessário que cada um se mova para alcançar estes objetivos.

Houve um momento de aproximação entre o PSTU e o PSol, que poderiam formar uma coligação para disputar a presidência da república. Havia esta possibilidade e porque ela não se concretizou?
Olha, são dois partidos da esquerda socialista e estão na oposição ao governo do PT, mas são dois partidos muito diferentes. Isso se manifestou nas discussões que nós fizemos: havia a possibilidade de formar uma frente de esquerda, mas porque não aconteceu? O sentido que nós, o PSTU, vemos na participação das eleições é para apresentar este projeto do qual falamos. Nesse sentido, precisamos enfrentar este senso comum que está presente na cabeça das pessoas, que acham que pelo voto simplesmente algum político vai resolver os seus problemas. Então, para nós, o sentido desta eleição é ganhar as pessoas para esta luta. 
O PSol, e assim foi colocado na discussão, tem preocupação de não apresentar para as pessoas as propostas que possam parecer muito radicais, porque isto dificultaria a disputa do voto. O que nós dissemos a eles? Nós vamos disputar os votos, mas se isso significar abandonar o programa do partido, não tem sentido, não nos adianta ganhar o voto das pessoas dizendo que nós vamos resolver os problemas para elas. Porque nós não vamos, sem promover estas mudanças de fundo no país. Esta foi a razão porque não houve a frente de esquerda. Foi o que aconteceu com o PT. Essa ideia de minimizar o discurso para ganhar o eleitor nós vamos vimos lá na década de 1980, eu já sei o fim dela e não quero ver de novo. O PSTU não tem disposição de atuar desta forma.

Historicamente, as experiências socialistas não foram bem sucedidas e não são bem vistas. Como defender um possível governo socialista frente a estes exemplos históricos?
Esta discussão, de fato, é difícil, porque com a crise e queda dos regimes stalinistas na antiga União Soviética, no leste da Europa, se convencionou que aquilo que havia naqueles países era o socialismo, quando na verdade não era. A revolução dos operários russos em 1917 foi legítima e melhorou muito a condição de vida daqueles trabalhadores. Eles deram saltos imensos na qualidade de vida e em poucos anos. Houve melhoria justamente porque foi expropriada a burguesia e os recursos do país passaram a ser propriedade comum, foram colocadas a serviço da população. O que houve nesses países e nós não reivindicamos? 
Nós somos socialistas, Trotskistas, e a nossa corrente política se construiu contra o Stalinismo, contra a degeneração que houve nestes governos. Porque se conformou uma burocracia, uma casta, que tomou pra si o poder, o governo, que deixou de ser dos trabalhadores. A organização passou a defender os privilégios daquela casta. Pra nós, o socialismo pressupõe dividir os ganhos igualmente, para garantir vida digna ara todos. Mas significa também democracia, para que o povo controle o governo: sem isso não há socialismo. No começo da instituição de um estado socialista na União Soviética, o governo era gerido por conselhos, compostos por representação do povo. Estes componentes podiam ter seus mandatos revogados. Isso foi destruído com Stalin. 
Nós somos contra governo de partido único. Temos muito orgulho do que somos como partido, mas não temos pretensão que apenas um grupo ou uma ideia vá representar toda a população brasileira, ele sempre vai representar uma parte. O governo ideal não seria apenas um governo do PSTU, mas aquele no qual as organizações e as esferas da sociedade estão representadas e tem voz ativa, independente de preferência ideológica.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Mariane Siqueira :: DEP. FEDERAL 1616

Mariane Siqueira tem 33 anos de idade, é educadora da Rede Estadual da Educação há quase 9 anos. Iniciou sua militância em 2002 junto nas lutas contra a privatização da Copel e a greve das universidades estaduais, importante experiência histórica da juventude e trabalhadores paranaenses. 

Mariane Siqueira
DEP. FEDERAL 1616
Sua campanha estará voltada ao debate da qualidade da educação no país, dialogará com as reivindicações das ruas, que clamavam por Educação e Saúde “padrão FIFA”, para oferecer respostas concretas aos lutadores que estiveram nas ruas em 2013 e 2014.  Mariane pretende divulgar a pauta dos 10% do PIB para Educação, fazer a denúncia do Plano Nacional de Educação aprovado recentemente e colocar a exigência da educação em período integral, uma necessidade das mulheres trabalhadoras que só será possível com mais investimentos.

A experiência recente ensinou que não basta dizer que defende os trabalhadores. É preciso ser da classe e sentir as demandas do dia-a-dia! É preciso andar de ônibus para saber que está caro e insustentável, é preciso estar junto das mães trabalhadoras para saber que as creches não abrigam a maioria das crianças. Mariane vai procurar deixar claro para toda a população trabalhadora que apesar de o governo Dilma e do PT dizerem que estão ao lado das mulheres e homens trabalhadores e oprimidos, na verdade governam para banqueiros e grandes empresários.

Medidas como as cotas de gênero, que obrigam os partidos lançarem mulheres para a disputa dos cargos eletivos, são importantes porque expõem a situação de exclusão das mulheres da vida política. Mas, é fato também que a maioria dos partidos lançam candidatas mulheres apenas para cumprir com a cota, sem debater políticas para elas. Além disso, o simples fato de ser mulher não significa a defesa da pauta feminista. O caso da Presidente Dilma e da candidata ao Governo paranaense, Gleisi Hoffmann são emblemáticas: 4 anos se passaram e não houve avanço na pauta das mulheres com a presença dessas duas mulheres no centro do Governo Federal.

A Lei Maria da Penha, que foi aprovada durante o governo Lula, sequer avançou uma linha nos últimos 4 anos. As 6 mil creches que Dilma prometeu não saíram do papel nem a metade foi construída, e as que se levantaram tem sua qualidade estrutural duvidosa para o atendimento das crianças.

É preciso ter mulheres na política sim, mas seu compromisso tem que ser com a classe trabalhadora e com a luta contra o machismo. Este é o compromisso da campanha de Mariane Siqueira e do PSTU.

A luz está mais cara no Paraná, mas por quê?

Rodrigo Tomazini – Candidato ao Governo do Estado do Paraná
Ao acordar na manhã desta quinta-feira para enfrentar mais um dia de intenso trabalho, a população paranaense teve uma ingrata surpresa: o preço da energia elétrica passará a custar, em média, 24,86% a mais, atingindo 4,2 milhões de unidades consumidoras localizadas nos 399 municípios paranaenses.
A imprensa, os governos de Dilma (PT) e de Beto Richa (PSDB) e os diretores da Copel tentam nos convencer de que a elevação dos preços é devida “ao aumento dos custos com a compra de energia”. Porém, a verdade é uma só: nós do PSTU alertamos dias atrás, através de um artigo em nosso blog, que o objetivo desses governos é “repassar o custo social e econômico da crise do capitalismo para os trabalhadores e garantir os lucros dos acionistas da empresa”. Quanto mais alto for o preço da tarifa, mais alto será o preço das ações e a taxa de lucro destes “agiotas internacionais”.
Este aumento é injustificável, pois os salários dos trabalhadores aumentaram, em média, apenas 6,8% no último período. Esta medida significará mais sacrifícios para os trabalhadores, que sofrem para que seus salários cheguem ao fim do mês.
Privatização, alto preço da tarifa e precarização das relações e condições de trabalho
Como resultado de um intenso processo de mobilização popular ocorrido em 2001, a Copel não foi “totalmente” privatizada. Embora seja tratada como empresa pública, ela possui apenas cerca de 30% de seu capital social controlado pelo Estado.
Um reflexo desse processo de privatização é a precarização das relações de trabalho na Companhia, através da utilização massiva da terceirização dos serviços, com trabalhadores com contratos cada vez mais precários. Isso contribui, decisivamente, para o rebaixamento da média salarial e para a piora nas condições de trabalho.
Deste modo, a Copel cumpre, pelas mãos do capital privado e dos governos que atendem a estes interesses, um duplo efeito negativo sobre a vida dos paranaenses. Por um lado, pelo alto preço da tarifa de energia, que é determinado pelo mercado e pelas flutuações das ações da Companhia, negociadas nas bolsas de valores e, por outro, devido ao rebaixamento da média salarial e das condições de trabalho dos funcionários.
A quem interessa este aumento?
Os grandes interessados no aumento, que mandam tanto nos governos Dilma e Beto Richa, são os acionistas da Copel. Eles são uma minoria de ricos e endinheirados que vivem uma boa vida à custa do sacrifício de aproximadamente 20 milhões de pessoas.
Estes acionistas, segundo dados da revista Exame, publicados em 14 de maio de 2014, tiveram em seu lucro líquido, somente no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 46,2%, na comparação com o mesmo período de 2013, chegando à cifra de R$ 406,6 milhões com uma receita líquida de R$ 3,5 bilhões de reais.
O que fazer?
É preciso dar um basta! Esse dinheiro tem que ser revertido para o povo paranaense e não para esses acionistas!
É preciso estatizar a Copel e colocá-la sob o controle de nós trabalhadores. Só assim poderemos, definitivamente, implementar um modelo energético que esteja a serviço de nossa classe, facilitando a vida do povo com preço baixo e acessível,  com serviço de qualidade e que garanta salário digno e melhores condições de trabalho aos funcionários da Copel.
Por isso, defendemos:
Copel 100% estatal sob o controle dos trabalhadores!
Fim das terceirizações e incorporação dos trabalhadores terceirizados!
Cancelamento imediato do aumento e rebaixamento da tarifa em 50%!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Zé Maria em Curitiba! PSTU Paraná lança suas candidaturas para 2014

Lançamento de candidaturas do PSTU no Paraná conta com a presença de candidato à presidência.


Na noite fria desta terça-feira em Curitiba, o candidato do PSTU à presidência do Brasil, José Maria de Almeida (o Zé Maria), falou a um auditório lotado, deu entrevistas e tirou muitas fotos com apoiadores e ativistas. 


Zé Maria em Curitiba. 22 de julho de 2014

Zé Maria cumprimentou os militantes do PSTU no Paraná que lançaram uma chapa para a disputa eleitoral no estado. O partido apresentou candidatos e candidatas para concorrer ao Governo Estadual, Senado, Assembleia Legislativa do Paraná e Câmara dos Deputados. 

As campanhas do PSTU, falou, são diferentes. Elas não partem de um apoio milionário de grandes empresas e bancos, mas sim do apoio militante de cada brasileiro e brasileira que não acredita que as mudanças que o Brasil precisa possam ser feitas quando se tem o rabo preso a grandes interesses privados. Mudanças que passam pelo rompimento com a dívida pública que hoje envida o país mais e mais a cada ano, para garantir os grandes lucros dos bancos. Passam, ainda, pela garantia do emprego e condições de trabalho dignas, por uma saúde e educação públicas e de qualidade, pela Petrobrás 100% estatal, por um transporte público acessível... 

Trabalhadores bancários com Zé Maria e Rodrigo Tomazini.
22 de julho de 2014
O candidato do PSTU ao Governo Federal fez questão de convidar a todos presentes para se engajarem nessas eleições, pois uma campanha socialista e anticapitalista só poder contar com o apoio dos trabalhadores e trabalhadoras que querem um país diferente. 

Os candidatos paranaenses do PSTU também fizeram questão de mostrar que os trabalhadores também estão representados em nosso estado.

Rodrigo Tomazini, candidato ao Governo do Paraná, ressaltou que o problemas brasileiros também se expressam por aqui. A privatização do Banestado, a venda de parte da Copel ao capital financeiro internacional, a privatização das estradas e a cobrança dos pedágios dão o tom dos nossos problemas.

Mari Siqueira em ato
dos professores da rede estadual
O candidato do PSTU ao Senado, Evandro Castagna, ressaltou que os representantes paranaenses nesta câmara há mais de 30 anos são os mesmos, destaque para a máfia dos irmãos Dias. Além disso, nas eleições de 2014, os trabalhadores se enfrentaram com o candidato de Requião, Marcelo Almeida, dono de uma das maiores construtoras do Brasil. 

Mariane Siqueira, candidata à Deputada Federal, ressaltou a necessidade de lutar por uma educação pública e de qualidade, bem como fortalecer a luta em defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras, que lutam há anos pela construção de mais creches. 

Bianca Zanetti com a juventude do PSTU Paraná
Bianca Zanetti, que concorre à Deputada Estadual, falou da importância de debater os problemas da juventude no Paraná, especialmente dos jovens pobres e negros das periferias das cidades. São milhões em todo o estado, jovens que encontram dificuldade para estudar e poucas oportunidades de emprego. Que são vítimas da violência policial e da falta de direitos, tais como acesso ao lazer e cultura, mobilidade urbana, etc.

Zé Carlos do HC, trabalhador da saúde que é candidato à Deputado Estadual, ressaltou a luta que vem sendo travada no Paraná para impedir a privatização do mais importante hospital público do estado, o Hospital de Clínicas. Falou as bandeiras de condições de trabalho dos trabalhadores da saúde, bem como das ameaças de demissões que parte dessa categoria sofre hoje.

Com bastante alegria e apesar das dificuldades encontradas para realização da atividade, o PSTU lançou seus candidatos e candidatas e vai apresentar seu programa para cada trabalhador e trabalhadora ao longo dos próximos dois meses. Como diz Zé Maria, é em cada "bairro, canteiros de obra, escola, local de trabalho, em movimento social e ativista, que o PSTU vai encontrar forças para caminhar nessas eleições".

Confira a chapa completa do PSTU no Paraná!

Zé Maria - Presidente - 16

Rodrigo Tomazini - Governador - 16
(Erica Andreassy - Vice Governadora)

Evandro Castagna - Senador - 160

Mariane Siqueira -  Deputada Federal - 1616

Bianca Zanetti - Deputada Estadual - 16167

Zé Carlos do HC - Deputado Estadual - 16123

Marcela Pedagoga - Deputada Estadual - 16100

Alexandre dos Santos - Deputado Estadual - 16016

Zé Carlos do HC :: DEP. ESTADUAL 16123

Zé Carlos do HC
Dep. Estadual 16123
José Carlos de Assis tem 43 anos, 3 filhos e é casado. Nasceu em Toledo, mudou-se para Ipatinga aos 7anos de idade. Com 30 anos, veio para Curitiba, ond trabalha como auxiliar de enfermagem há 20 anos. Desde 2001, trabalha no Ambulatório dos Funcionários Hospital de Clinicas da niversidade Federal do Paraná (UFPR).

"Zé Carlos", como é chamado nos corredores do HC e nas atividades políticas, começou sua militância na base da categoria dos servidores públicos federais e é diretor do Sinditest desde 2001. Atuou em importantes lutas no ano de 2014, tais como a greve dos professores estaduais, dos trabalhadores da saúde e principalmente na lua contra a privatização dos hospitais públicos. 

Como candidato à Deputado Estadual, Zé Carlos levará a bandeira de luta contra as fundações que transformam a saúde pública em mercadoria, em lucro para poucos e falta de atendimento digno para muitos. Isso hoje significa denunciar a criação da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (FUNEAS) e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) nacionalmente.

A campanha de Zé Carlos, assim como todas as campanhas do PSTU, tem como meta garantir que as eleições possam dar voz as demandas que apareceram nos protestos de rua em 2013 e nas greves que vivemos desde o começo de 2014. Este é o compromisso de Zé Carlos,  em especial a apresentar um programa que defenda, prioritariamente, saúde e educação pública, gratuita e de qualidade. 

Se a cada eleição as grandes empresas financiam as campanhas dos partidos políticos tradicionais, os candidatos depois de eleitos usam seus mandatos para governar para os patrões, corruptos e empresários. O PSTU é diferente, pois quer fazer das eleições um espaço para dialogar com a população, mostrar que as eleições não são a solução para os problemas profundos da nossa sociedade. 

Desde a garantia do Hospital de Clínicas 100% público e estatal, passando pelas lutas pelo transporte público de qualidade e acessível ao trabalhador, até a luta por melhores salários e por emprego, somente a mobilização permanente e organização do trabalhadores trará as vitórias que tanto precisamos.