Rodrigo Tomazini – Candidato ao Governo
do Estado do Paraná
Ao acordar na manhã desta quinta-feira para
enfrentar mais um dia de intenso trabalho, a população paranaense teve uma
ingrata surpresa: o preço da energia elétrica passará a custar, em média,
24,86% a mais, atingindo 4,2 milhões de unidades consumidoras localizadas nos
399 municípios paranaenses.
A imprensa, os governos de Dilma (PT) e
de Beto Richa (PSDB) e os diretores da Copel tentam nos convencer de que a
elevação dos preços é devida “ao aumento dos custos com a compra de energia”. Porém,
a verdade é uma só: nós do PSTU alertamos dias atrás, através de um artigo em nosso blog, que o objetivo desses governos é “repassar o custo social e
econômico da crise do capitalismo para os trabalhadores e garantir os lucros
dos acionistas da empresa”. Quanto mais alto for o preço da tarifa, mais alto será
o preço das ações e a taxa de lucro destes “agiotas internacionais”.
Este aumento é injustificável, pois os
salários dos trabalhadores aumentaram, em média, apenas 6,8% no último período.
Esta medida significará mais sacrifícios para os trabalhadores, que sofrem para
que seus salários cheguem ao fim do mês.
Privatização, alto preço da tarifa e precarização das relações e
condições de trabalho
Como resultado de um intenso processo de
mobilização popular ocorrido em 2001, a Copel não foi “totalmente” privatizada.
Embora seja tratada como empresa pública, ela possui apenas cerca de 30% de seu
capital social controlado pelo Estado.
Um reflexo desse processo de
privatização é a precarização das relações de trabalho na Companhia, através da
utilização massiva da terceirização dos serviços, com trabalhadores com
contratos cada vez mais precários. Isso contribui, decisivamente, para o
rebaixamento da média salarial e para a piora nas condições de trabalho.
Deste modo, a Copel cumpre, pelas mãos
do capital privado e dos governos que atendem a estes interesses, um duplo
efeito negativo sobre a vida dos paranaenses. Por um lado, pelo alto preço da tarifa
de energia, que é determinado pelo mercado e pelas flutuações das ações da
Companhia, negociadas nas bolsas de valores e, por outro, devido ao rebaixamento
da média salarial e das condições de trabalho dos funcionários.
A quem interessa este aumento?
Os grandes interessados no aumento, que
mandam tanto nos governos Dilma e Beto Richa, são os acionistas da Copel. Eles
são uma minoria de ricos e endinheirados que vivem uma boa vida à custa do
sacrifício de aproximadamente 20 milhões de pessoas.
Estes acionistas, segundo dados da
revista Exame, publicados em 14 de maio de 2014, tiveram em seu lucro líquido, somente
no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 46,2%, na comparação com o mesmo
período de 2013, chegando à cifra de R$ 406,6 milhões com uma receita líquida
de R$ 3,5 bilhões de reais.
O que fazer?
É preciso dar um basta! Esse dinheiro
tem que ser revertido para o povo paranaense e não para esses acionistas!
É preciso estatizar a Copel e colocá-la
sob o controle de nós trabalhadores. Só assim poderemos, definitivamente,
implementar um modelo energético que esteja a serviço de nossa classe,
facilitando a vida do povo com preço baixo e acessível, com serviço de qualidade e que garanta
salário digno e melhores condições de trabalho aos funcionários da Copel.
Por isso, defendemos:
Copel 100% estatal sob o controle dos trabalhadores!
Fim das terceirizações e incorporação dos trabalhadores terceirizados!
Cancelamento imediato do aumento e rebaixamento da tarifa em 50%!
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