domingo, 31 de agosto de 2014

Ricardo Gomyde do PCdoB defende privatizações, faz chacota e falsifica o Manifesto Comunista

Evandro Castagna 160 (PSTU), candidato ao Senado Federal – Um Paraná para os trabalhadores
Em sabatina na ÒTV de Curitiba, o candidato ao senado, Ricardo Gomyde (PCdoB), ao contrário do que se espera de um comunista, em nenhum momento saiu de sua boca a defesa de qualquer bandeira histórica da classe trabalhadora. Nada sobre a redução da jornada de trabalho, nada sobre a criminalização da homofobia, nada sobre o passe livre estudantil, nada de luta de classes. Em nenhum momento suas propostas se enfrentaram com qualquer setor da burguesia.
Gomyde, pra justificar suas posições, afirmou que seu partido, o PCdoB, está “(...) em sintonia com a modernidade, que se rejuvenesce (...) obviamente bebe na fonte teórica socialista”, porém não traduz literalmente esta teoria na prática”. Chama de “religião” uma interpretação teórica marxista para o Brasil atual e defende o mercado capitalista contra o que chama de “intervenções estatais”. Faz chacota e falsifica o Manifesto Comunista, de Marx e Engels. Segundo ele:
“se você quiser transportar pro ano de 2014 na América do Sul o Manifesto Comunista (...) então você não ta fazendo política (...) só faltava, aí você tem que fazer parte de uma religião que tem uma pessoa iluminada que há tantos tempos atrás escreveu coisas que vale ipsis e literes para este atual momento (...) você ser estatista e achar que tudo tem que ser do estado, a barraca de cachorro quente, a banquinha de jornal (...).”
É importante lembrar que o Manifesto Comunista trata da estatização dos meios de produção (indústria, grande propriedade da terra, máquinas, matéria prima). Marx e Engels não tratam da pequena propriedade individual, ou das classes médias, mas da grande burguesia, burguesia esta que, inclusive, financia a candidatura tanto de Gomyde, quanto de sua candidata ao Governo do Estado, Gleisi Hoffmann (PT) e seus adversários do PSDB e PMDB.
O segundo suplente de Ricardo Gomyde (PCdoB), Paulo Pratinha (PT), tem um patrimônio de três milhões e setecentos mil, um “empresário de sucesso” segundo Gomyde. A declaração de gastos de campanha de Ricardo Gomyde é de cinco milhões. Parte deste dinheiro vem de empreiteiras, segundo primeira parcial da prestação de contas.
Essa relação promíscua com a burguesia se traduz no rumo das propostas apresentadas pelo candidato. Além de defender dinheiro público para a iniciativa privada, via Pró-Uni, quando perguntado se é contra as privatizações, é enfático:
“não, acho que tem que ser discutido (...) acho que temos que aproveitar a iniciativa privada em diversas áreas como, por exemplo, os aeroportos”.
Para ele, Álvaro Dias seria “bom pro PSDB e pouco bom para o estado do Paraná”. Esconde a existência de classes sociais, não denuncia o caráter burguês do PSDB que é inimigo da classe trabalhadora e não enfatiza que “o Paraná” não é um ente homogêneo. Para ele já não existem contradições entre as classes. Existe somente um “setor produtivo” abstrato, sem substância, sem contradições.
A base honesta do PCdoB, principalmente sua juventude (UJS) que verdadeiramente quer mudar o mundo, precisa romper com este partido. A linha da direção do PCdoB há muito tempo é baseada na defesa da aliança e conciliação entre as classes sociais. Recebem dinheiro da burguesia, fazem alianças com partidos burgueses, entraram de cabeça na política do “vale tudo eleitoral”.
Aldo Rebelo, da direção nacional do PCdoB, foi o “garotinho de recados” das multinacionais da FIFA, que lucraram, só de isenção de impostos, perto de um milhão de reais. Também foi Aldo Rebelo que, através de uma frente com a bancada ruralista de Kátia Abreu, defendeu a reforma do Código Florestal abrindo espaço para o agronegócio avançar sobre as florestas brasileiras.
Essa “modernidade” do PCdoB não tem nada de novo e moderno. É a velha política da social-democracia alemã e da degeneração stalinista do estado soviético, responsável pela restauração do capitalismo em todos os ex-estados operários. O PCdoB precisa mudar de nome. Tira o “comunista” PCdoB e põe CAPITALISTA!

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