Debate dos candidatos da esquerda organizado pela CSP Conlutas |
Direção
estadual
do
PSTU
Através
desta
carta,
pedimos
publicamente,
o
apoio
do
Partido
Comunista
Brasileiro
à
candidatura
de
Rodrigo
Tomazini
ao
Governo
do
estado,
e
de
Evandro
Castagna
ao
Senado.
Vamos
expor
o
nosso
ponto
de
vista
que,
ao
nosso
modo
de
ver,
fundamenta
tal
pedido
de
apoio.
O
PCB,
legitimamente,
optou
por
não
lançar
candidaturas
ao
Governo
e
ao
Senado
no
estado
do
Paraná
nessas
eleições.
Também
legitimamente,
decidiu
por
não
compor
com
nenhum
partido
de
esquerda
no
estado.
Sabemos
que
as
eleições,
nesta democracia
burguesa,
não
mudarão
a
vida
dos
trabalhadores,
somente
uma
revolução
socialista
encabeçada
pela
classe
operária
e
o
conjunto
do
proletariado,
unido
a
maioria
dos
explorados
e
oprimidos,
poderá
abrir
caminho
a
sociedade
sem
classes
que
tanto
almejamos.
Nesta
nova
sociedade,
a
economia
e
a
política,
serão
organizadas
em
base
a
democracia
operária,
que
é
oposta
a
esta
democracia
dos
ricos
na
qual
vivemos,
na
democracia
de
hoje
quem
manda
são
os
banqueiros,
os
industriais
e
os
latifundiários.
Em
âmbito
nacional,
o PCB lançou
a
candidatura
do
companheiro
Mauro
Iasi
para
presidente,
através
dela
estão
mostrando
o
programa
político
do
vosso
partido.
Nós lançamos Zé Maria como candidato a presidente, para divulgar o
programa socialista do PSTU. Para
vocês
e
para
nós,
nem
Dilma
(PT/PMDB),
nem
Aécio
(PSDB/DEM),
nem
Marina
(PSB/Rede)
e
nem
pastor
Everaldo
(PSC),
são
alternativas
para
a
classe
trabalhadora.
Ao
contrário,
não
importa
quem
deles ganhe
as
eleições,
teremos
um
governo
que
atenderá
aos
interesses
dos
capitalistas.
Em
âmbito
estadual,
assistimos
a
polarização
entre
Beto
(PSDB),
Requião
(PMDB)
e
Gleisi
(PT),
e
sabemos,
nenhuma
dessas
candidaturas
representa
os
trabalhadores
nessas
eleições.
Todas
as
três
irão
governar
para
o
agronegócio
e
o
grande
empresariado.
Em
nosso
estado,
temos
duas
candidaturas
no
campo
da
esquerda
ao
governo
e
duas
ao
senado,
são do
PSTU
e
do
PSOL.
Opinamos
que
esses
dois
partidos
são
bastante
distintos
do
ponto
de
vista
estratégico
e
programático.
O
primeiro,
é
um
partido
de
estratégia
revolucionária,
que
tem
como
horizonte
a
mobilização
das
massas
para
a
tomada
do
poder,
a
destruição
do
capitalismo
e
a
destruição
do
Estado
Burguês,
não
semeia
ilusões
de
que
qualquer
setor
da
burguesia
possa
cumprir
papel
progressivo
a
favor
da
classe
trabalhadora,
e
por
esse
motivo,
adota
um
programa
que
não
separa
o
programa
mínimo
(reformas
e
demandas
democráticas)
do
programa
máximo
(tomada
do
poder
pelo
proletariado).
O
segundo,
é
um
partido
reformista
que
está
à
esquerda
dos
governos
federal
e
estadual,
que
tem
como
horizonte
a
luta
por
reformas
nos
marcos
do
sistema
capitalista
e
da
democracia
burguesa,
é
por
isso
que
raramente
vemos
o
conceito
marxista
de
classes
sociais
em
suas
formulações
nessas
eleições,
é
bastante
comum
ouvirmos
“governaremos
para
a
maioria
do
povo”
ou
“para
a
maioria
da
população”
ou ainda “vamos mudar a política e lutar por uma democracia real”,
no
entanto,
não ouvirmos
a palavra de ordem “governaremos
para
os
trabalhadores”.
O mais grave, é que este partido apresenta como horizonte
programático nessas eleições a “radicalização da democracia”
como saída, ou seja, alimenta a ilusão de que é possível termos
mais democracia
nos marcos do sistema capitalista, do estado burguês e da democracia
burguesa. Por
trás
destas
elaborações
do
PSOL,
está
a
pressão
de
adaptação
à
democracia
burguesa,
também a pressão
por
se
aliar
a
outros
partidos
(burgueses)
que
não
são
parte
dos
governos
atuais,
para
poder
eleger
mais
parlamentares,
mais
prefeitos
e,
quem
sabe,
mais
governadores.
Já
vimos
onde
esse
programa
levou
com
o
PT.
Nossa
estratégia
é
oposta
ao
reformismo.
Para
nós,
a
eleição
de
parlamentares
revolucionários
é
importante
para
ampliar
a
influência
socialista
sobre
as
massas
exploradas,
mas
somente
se
acontecerem
em
base
à campanhas
revolucionárias,
que
não
escondam
os
reais
propósitos
das
organizações
marxistas.
Se
os
trabalhadores
elegerem
um
parlamentar
revolucionário,
que
o
façam
tendo
claro
qual
é
o
programa
que
ele
defende.
Mesmo elegendo deputados,
diremos
que
esse
parlamento
e
essa
democracia
burguesa
não
resolverão
a
vida
dos
trabalhadores
e
demais
explorados
e
oprimidos
na
sociedade
capitalista,
denunciaremos
sem
piedade
o
caráter
reacionário
das
instituições
democrático
burguesas.
Precisamos
fortalecer
as
alternativas
revolucionárias,
não
basta
fortalecer
o
que
hoje
está
à
esquerda
dos
governos
burgueses.
Por
este
motivo,
solicitamos
o
apoio
do
Partidão
(PCB)
às
candidaturas
do
PSTU
ao
Governo
e
ao
Senado
no
Paraná.
Da
nossa
parte,
sinalizamos
o
compromisso
de
manter
esta
unidade,
sempre
que
possível,
no
terreno
das
lutas
cotidianas
da
nossa
classe
no
próximo
período.
Saudações
revolucionárias
e
marxistas,
Direção
Estadual
do
Partido
Socialista
dos
Trabalhadores
Unificado
Curitiba,
30
de
agosto
de
2014
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